terça-feira, 28 de dezembro de 2010

subjetividade

as coisas nessa vida tendem a ser subjetivas. a maioria das pessoas não entende isso. tentam simplificar o complicado. algumas coisas complicadas simplesmente são complicadas e têm que ser encaradas como são. quando as coisas são simplificáveis, nem sempre deve-se simplificá-las. às vezes, podem ser um bom treino pra encarar as complicadas. só que não é sempre assim. é subjetivo.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

coisas das quais eu tenho certeza

queria dizer que

eu ainda... nunca deixei de... talvez eu vá sempre... me pergunto se pra ti... tenho vontade de... sinto que... não queria nunca ter... me confundo com... bom, deixa pra lá.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

de um ponto de vista

quando a gente sente, afeta. quando a gente tá perto, dói e alegra. é injusto que seja assim. me faz querer fazer justiça. mas me desperta instintos. tenta me rasgar ao meio. me mata aos poucos. e, no fim, eu vejo que nem é tão forte.

domingo, 19 de dezembro de 2010

explicações

sobre eu não usar letras maiúsculas e não separar meus pensamentos em parágrafos, eu só queria registrar que não gosto da entonação que isso tudo nos induz a entender do texto. acho forçado, acho uma regra imposta por alguém que ri da nossa cara, acho inútil e nada libertador. gosto que as pessoas tenham a opção de dar a entonação que quiserem. é, isso, por mais que eu viva reclamando que ninguém entende o que eu quero dizer ou o meu tom. e por que eu tô escrevendo isso? porque, no fim, eu adoro me explicar. quando não é pros outros, é pra mim mesma. faço nada antes de ter uma explicação que na maioria das vezes não sai da minha cabeça, só serve pra minha consciência. essa é outra coisa, eu gosto muito de tratar minha consciência como uma parte meio distante, meio desprezivelmente superficial de mim. vivo tirando coisas do inconsciente, e elas me parecem muito mais valiosas. sim, subestimo minha consciência. conscientemente. outra coisa, sempre acabo em ci(´)(r)c(u)los. e nostálgico o dia em que eu chegar a uma conclusão.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

maris verden

mudei o endereço de "tudoexiste" pra "maris verden", porque 1) estou constantemente em conflito com esse negócio de tudo/nada existe, e 2) estou num dia muito "sofies verden" ("o mundo de sofia", vi a minissérie coisital). e só pra registrar, procurei no youtube a minissérie, tá dividida em 19 partes. na parte 7, mencionam uma mariana.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

experimento

comecei esse ano tentando não pensar demais, não me preocupar tanto. acho que misturei os dois. esse negócio de não pensar me fez viver sem perceber. e quando uma fase chegou ao fim, eu nem percebi que ela tinha passado, não dei valor na hora, e pela primeira vez na vida, sinto um leve gosto de arrependimento. talvez isso só funcione pra quem consegue não pensar muito em tempo integral, que depois de cada fase, já se acha em outra. acho que não funciona, ou é uma mudança radical demais. não devia tentar mudar quem eu sou. e agora eu escrevo isso com, no fundo, uma esperança ridícula. de não sei o quê. talvez saiba, também. só sei que não me forço mais.

"i've killed myself with changes trying to make things better, ended up becoming something other than what i had planned to be".

sábado, 11 de dezembro de 2010

(bad) pensamentos recentes

ando com a extremamente agoniante sensação de que eu não consigo dizer tudo que quero, de que nem sei o que quero. não aguento mais gente que não tenta entender de verdade por conveniência, preguiça, maldade. não aguento mais não conseguir generalizar as coisas que eu quero. odeio quando o tempo tá simplesmente passando e eu não tenho o que esperar. odeio mais ainda quando eu não quero esperar o que tá vindo. odeio mais ainda quando eu odeio o que tá vindo. me dá agonia não ter planos. tenho que ser mais confiante. tenho que saber distinguir em que e no que confiar. tenho que lembrar que confiar não é acreditar. tenho que fazer as pessoas entenderem que acreditar não é sentir. tenho que separar um pouco minha racionalidade da minha emotividade. ou então juntar elas em outro ponto que não esse em que elas estão juntas agora. tenho que me acostumar a escrever certas coisas corretas que eu não escrevo porque acho feio. as pessoas acham que eu não sei. e eu tô ("estou", essa é uma delas) absolutamente cansada de gente achando que me conhece. pior ainda é gente que me conhece, e, por uma coisa incondizente com as minhas ações regulares, acha que não me conhece mais. como eu disse, infelizmente não dá pra generalizar. queria que não fosse mal visto por todo mundo falar tudo que se pensa, quando se quer, como se pode. não queria perder gente que eu gosto. gente diferente, que é raro de se encontrar. não queria magoar gente que não merece. queria me aproximar de gente que me faz sentir em casa, que nada do que eu sou é errado. porque errado não existe. eu sempre encontro uma justificativa. tô cansada de agir. cadê o mundo agindo por mim, que sempre tinha? já fiz favor pra vida, quero o pagamento. quero parar de julgar as coisas tão involuntariamente. quero me ocupar e parar de pensar tanto em tudo. quero viajar e que o mundo lembre de mim. quero me sentir importante pra alguém que seja importante pra mim. igualmente. sempre. é isso.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

to darkness

escuridão que me esconde, que me faz querer mostrar. que me intimida, que me encoraja. que me ama, que me odeia. que me ajuda, que me trai. que me aquece, que me esfria. por favor, peço que agora não me puxe, que me deixe ir ao sol. peço que lembre que não é tanto uma força sobre mim, e sim uma força comigo. que não abuse do poder que tem sobre mim. eu não vou te abandonar, de tempos em tempos eu vou voltar. é de mim. mas me dá um tempo pra conhecer o sol. não sou uma pessoa de extremos, e, quando estes são minhas únicas opções, eu oscilo. é isso que eu quero e vou fazer.

não gosto de poesia. gosto que cada um use a entonação que quiser. gosto de deixar essa possibilidade o mais abrangente possível.

zé bedzi, vizalis, sua e risolis

eram os meus amigos imaginários. eu lembro deles com uma nitidez assustadora. lembro que o zé bedzi tinha uma franja verde de emo, e os emos nem existiam ainda. me bateu uma nostalgia... daí me veio o pensamento "ah, como é bom ser criança, toda a inocência...", mas não foi como se eu concordasse com isso. foi como se eu tivesse consciência de que esse não é um pensamento espontâneo. é simplesmente o que se espera de pensar, quando se pensa em infância. e então eu entendi que eu não concordo. acho que é subestimar as crianças. por que é que a gente acha que fica mais consciente, conforme cresce/amadurece? quando a gente é criança, aquele é o nosso mundo, aquela é a realidade. o resto é errado, é estranho. assim acontece em todas as fases da vida. a diferença é que os mais maduros julgam mais as fases anteriores por terem passado por elas. isso não quer dizer nada. o tempo passa, a gente muda, e não lembra mais nitidamente de tudo. não é possível lembrar das sensações que tínhamos, ou, se lembramos, não lembramos das relações entre sensações e situações. não sei, meu lado de criança remanescente acha injusta essa visão geral. é isso, eu acho. mas sem muita certeza, porque eu estou em transição.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

particularmente,

às vezes eu tenho vergonha de expor minhas teorias e conclusões gerais pra pessoas que também costumam pensar nessas coisas. elas sempre discordam. sempre. e eu acabo concordando com elas. mas, hoje, parei pra pensar que, pô, qual é a verdade? não tem verdade. eu devia considerar mais o que vem à minha cabeça primeiramente, porque o meu raciocínio é original e isso deve ser alguma vantagem. tenho que aprender a distinguir entender e concordar/me tornar adepta de. ninguém é ninguém pra criticar as viagens da minha cabeça que, por sinal, eu expresso muito mal, em comparação a como elas estão no meu cérebro. depois, ainda, costumo mudar de idéia muito rápido e nem lembrar que já pensei naquilo antes. metade de tudo que eu escrevo é lixo no presente. só vale como passado. e eu gosto de passado, é por isso que eu escrevo. sempre me imagino em cima de uma coisa muito grande, uma plataforma indestrutível, que é o meu passado. faz parte de mim. o que muda é no presente. se eu quiser acreditar em um mundo só meu, eu também posso. isso é reconfortante. e azar de quem fica tentando procurar a verdade universal e/ou conceito(s) que se aplica(m) a toda e qualquer realidade. isso não existe. pra mim. hoje.

eu só quero me sentir em casa,

às vezes só tenho vontade de abraçar, e acolher, e mostrar o que é amor, e ensinar a amar, e fazer comida, e cobrir à noite, e alcançar coisas, e mexer no cabelo, e pegar as mãos, e limpar as unhas, e lavar as meias, e contar histórias, e ouvir histórias, e examinar os olhos, e morder o braço, e dizer que a pasta de dente acabou, e ler pensamentos.

tenho que cuidar pra não ser mãe do meu marido.

sábio é aquele que entende as diferenças

entre as pessoas, entre sentimentos, entre um caso e outro. porque entender as diferenças é entender uma bastante parte de cada parte. ter uma boa noção de todo panorama mundial não garante a capacidade de relacionar e diferir as coisas. há de se saber lidar com elas. de nada adianta um limão sem conhecimento. normalmente não há tempo de aprender desde a base. é incontestavelmente mais benéfico nascer com ou desenvolver a capacidade de manejar. saber os meios. conheça o caminho, e chegará às suas extremidades.

mas vou lá estudar química. quem sabe assim eu não aumento, hã... minha visão do mundo.