terça-feira, 30 de novembro de 2010

maior

como se fosse um impulso inevitável; como se fosse uma surpresa esperada; como se simplesmente fosse certo, independentemende do que é o certo; como se não houvesse saída ou qualquer outra porta; como se estivesse decidido; como se não fosse mudar; como se fosse durar; como se encaixasse; como não se pudesse negar; como se fosse acontecer; assim como a certeza de que o mundo é mundo e viver é viver.

domingo, 28 de novembro de 2010

pensamentos recentes

tenho inveja de quem não tem preguiça. isso me faz duplamente pecadora. ó, triste sina minha. pena que cada dia eu sou mais atéia.
ah, e essa fascinação pela estabilidade. pára, mariana. ou continua. onde está a instabilidade? na continuação? em parar de ser estável?
é como eu digo, nada existe.
tirando o fato de que eu digo que tudo existe.
não seria a mesma coisa?
tenho que parar de me perguntar tanto. sem externar. eu vou enlouquecer.
será que quem enlouquece tem consciência?
defina loucura.
defina consciência.
defina definição.
essa sociedade... esse mundo... essas palavras...
tá tudo errado.
defina errado.
acho que tudo existe. mas nada existe mais. tudo existe no presente. nada existe no passado. o passado não existe. já existiu.
existir é no presente?
não, é no infinitivo. e infinito... não existe.
vai existir. só que o futuro... existe.
então tudo existe.

tanto que, primeiramente, eu queria que o título fosse "nada existe". tanto faz.

sófui.

sábado, 27 de novembro de 2010

insegurança

toda essa necessidade natural de ter certeza das circunstâncias antes de tomar qualquer atitude, ou até mesmo responder a alguma, considerando que tenha-se tempo suficiente para pensar em tudo isso, coisa que geralmente não é possível de ser bem concluída, uma vez que nós somos meramente humanos, é muito triste e creio que até desnecessária.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

não nego

no fundo, talvez eu seja analítica demais. no fundo, talvez eu seja egocêntrica. no fundo, talvez eu generalize demais. agora analisa meu egocentrismo e diz que não é generalização.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

resumindo,

será que somos capazes de qualquer coisa pra nossa própria satisfação? será que todo mundo é? será que a gente sabe o que vai nos satisfazer? será que a gente finge? será que fingir não é, em si, uma verdade? será que a verdade é a gente que faz? será que a gente faz alguma coisa? eu não sei.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

imparcialidade, justiça e equilíbrio.

07/11/10.

quando eu digo que o equilíbrio não compreende a imparcialidade integralmente, e nem a justiça deveria, eu faço uma relação entre justiça e equilíbrio. me interesso muito por isso, e nunca cheguei a uma conclusão eu mesma. simplesmente sei, afirmo até o fim que a imparcialidade nem sempre é positiva. nem o equilíbrio, tudo bem, mas a justiça busca a positividade, coisa que jamais será alcançada, uma vez que esta tem uma forte conexão com o equilíbrio. creio que o que se busca na justiça é o equilíbrio, mas por vias erradas. ou talvez as vias estejam corretas, e o objetivo errado. tem alguma coisa que não se encaixa, pois a imparcialidade é incontestavelmente princípio da justiça, mas não integralmente princípio do equilíbrio.

to love and to suffer

04/10/10.

"To love is to suffer. To avoid suffering one must not love. But then one suffers from not loving. Therefore, to love is to suffer; not to love is to suffer; to suffer is to suffer. To be happy is to love. To be happy, then, is to suffer, but suffering makes one unhappy. Therefore, to be unhappy, one must love or love to suffer or suffer from too much happiness. I hope you're getting this down." Woody Allen

pelas cores

29/09/10.

ontem estava eu cá pensando com meus botões uma coisa muito interessante de se observar. a diferença entre a nossa percepção das cores das coisas quando somos crianças e quando crescemos. em todas as minhas memórias da minha infância, tenho as cores de tudo quase sempre bem determinadas. hoje, não consigo lembrar da cor da roupa de uma amiga que vi há quatro horas. mas lembro do modelo. acho que conforme vamos crescendo, vamos prestando mais atenção na forma e na funcionalidade das coisas. e as nossas memórias ficam em preto(-)e(-)branco, quanto mais recentes. isso me deixa triste, me parece melancólico. cor é calor, e calor é energia. nós perdemos as nossas energias. nós não fazemos mais questão disso. nós não prestamos atenção nas cores. nós vemos como é que as coisas podem nos ser úteis, como é que podemos produzir mais em um menor período de tempo. tentamos sobreviver o tempo todo. ganhar tempo de vida. pra quê? um dia, tudo que teremos serão nossas memórias. e quanto mais coloridas, com mais energia. com mais vigor. com mais alegria. com mais nostalgia, que nunca deixa de ser bom. porque são, definitivamente, nossas memórias e nosso passado a única coisa que temos garantida nessa vida.

eu nem queria que terminasse tão forçadamente "impactante", mas fui escrevendo e o final ficou solto, sem rumo. mas é isso aí.

mais uma desconstrução

26/08/10.

só lembro do que já vivi, só escrevo o que já li, só sinto falta do que já senti, só gosto do que já fiz, ainda olho pro que já quis e não procuro o que já perdi. mas isso quando eu não lembro do que já li, escrevo o que senti, sinto falta do que já fiz, gosto do que já quis, olho o que já perdi e procuro o que já vivi.

Expressões/palavras de quem não sabe o que dizer e enrola:

12/08/10. oi, professores de ciências exatas.

questões, conceito, determinados(as), tanto quanto, desenvolvimento, decorrente de, já que, enquanto, sobre cujo, partindo do fato de que, muitos sinônimos e expressões complicadas que tirem o foco do conteúdo.

quando não houver saída

06/08/10. quero muito continuar lembrando desse meu raciocínio.

não é como se as árvores não tivessem mais flores, como se a lua nunca mais fosse cheia, como se eu nunca mais fosse dormir na minha cama, como se o café estivesse extinto, como se não houvesse mais calor, como se as cores estivessem desbotadas, como se a água fosse mais densa, como se as crianças estivessem desanimadas, como se os balões ficassem parados ao soltá-los. ainda não. mais vai ser. e vai ser como se as árvores não tivessem mais folhas, como se a lua não tivesse mais a luz do sol, como se a minha cama sumisse, como se a cafeína estivesse extinta, como se o fogo não acendesse mais, como se não houvessem mais cores, como se toda água fosse gelo, como se as crianças não sorrissem, como se os balões murchassem.

sofrimento e dignidade

06/08/10.

um dia, ouvi que o sofrimento dignifica a gente. desde lá, essa frase me incomoda. e faz tempo. não concordo nem discordo. ela simplesmente me incomoda. dignificar é uma coisa muito abrangente, ainda mais do que sofrimento. quando a gente sofre, às vezes a gente fica mais forte diante de determinado tipo de situação. mas, às vezes, a gente não aprende nada e faz tudo igual. pensando por outro lado, ainda, quando a gente conhece alguém que a gente sabe que passou por algum momento difícil na vida, olhamos pra essa pessoa com outros olhos. como se sofrer no passado fosse um ponto positivo pra personalidade atual. a verdade é que ninguém vai falar sempre a verdade só porque já foi enganado ou tratar todo mundo bem porque já foi mal tratado. as coisas acontecem com a gente, e, muitas vezes, por mais marcantes que sejam, não influenciam em nossas atitudes futuras. vivendo o presente, é muito difícil de lembrar o que a gente pensou e (pior ainda) sentiu no passado. a gente cai, machuca. no dia seguinte, a gente lembra de ter sentido dor, mas não sente mais, e tudo o que temos é uma história pra contar e as pessoas ficarem se colocando no nosso lugar com aquela cara de falsa dor, nos dizendo palavras falsamente consolativas. e a gente gosta. faz isso toda hora. que o sofrimento nos dignifica é apenas uma imposição da sociedade. talvez uma espécie de recompensa criada por nós mesmos pra quando a gente sofre. que seja. sofrer é sempre sofrer na hora que a gente sofre. depois, é só uma lembrança que nunca vai se aproximar do que a gente realmente sentiu, mas que pode nos trazer... dignidade. por incrível que pareça.

whatever works

18/07/10. acho que esse filme é meu o preferido do momento.

"I happen to hate New Year's celebrations. Everybody desperate to have fun. Trying to celebrate in some pathetic little way. Celebrate what? A step closer to the grave? That's why I can't say enough times, whatever love you can get and give, whatever happiness you can filch or provide, every temporary measure of grace, whatever works. And don't kid yourself. Because its by no means up to your own human ingenuity. A bigger part of your existence is luck, than you'd like to admit. Christ, you know the odds of your fathers one sperm from the billions, finding the single egg that made you. Don't think about it, you'll have a panic attack."

"See? I'm the only one that sees the whole picture. That's what they mean by genius."

Minha querida Sputnik

17/07/10. Haruki Murakami.

"(...) se me permitirem uma generalização medíocre, as coisas inúteis também não têm um lugar nesse mundo longe de ser perfeito? Retire tudo que é fútil de uma vida imperfeita e ela perderá, até mesmo, sua imperfeição."

"(...) era uma romântica incurável, aferrada a seus hábitos - um pouco inocente, para citar algo simpático. Se começava a falar, não parava mais, porém se estava com alguém de quem não gostava - em outras palavras, a maioria das pessoas do mundo -, mal abria a boca. (...) Às vezes, ficava tão absorta em seus próprios pensamentos que se esquecia de comer, e era tão magra quanto um desses órfãos de guerra em filme italiano antigo - como uma vara com olhos."

"'Nenhum homem deve passar pela vida sem experimentar uma vez a saudável, ainda que entediante, solidão do ermo, dependendo exclusivamente de si mesmo, e, assim, descobrindo a sua força oculta e verdadeira'" Kerouac em Lonesome Traveler

"A impressão que dava era de que só precisava cortar as partes excessivas e pronto, mas as coisas não eram tão fáceis assim. Ela nunca conseguia decidir - o que era necessário e o que não era."

"Acho difícil falar sobre mim mesmo. Sempre tropeço no eterno paradoxo quem sou eu? Claro, ninguém conhece tantos dados sobre mim quanto eu. Mas quando falo de mim mesmo, todo tipo de outros fatores - valores, padrões, minhas próprias limitações como observador - faz, a mim, o narrador, selecionar e eliminar coisas sobre mim, o narrado. Sempre me perturbou o pensamento de que não estou pintando um quadro muito objetivo de mim mesmo.
Esse tipo de coisa não parece incomodar a maior parte das pessoas. Tendo oportunidade, mostram-se surpreendentemente francas quando falam de si mesmas. "Sou franco e aberto em um nível absurdo", dirão, ou "Sou muito suscetível, não sou do tipo que se move no mundo com facilidade". Ou "Sou bom em sentir o verdadeiro sentimento dos outros". Porém, muitas vezes, vi pessoas que diziam se magoar facilmente magoarem o outro sem uma razão aparente. Gente que se diz franca e aberta, sem se dar conta do que está fazendo, usa descuidadamente alguma desculpa oportunista para conseguir o que quer. E aqueles "bons em sentirem os verdadeiros sentimentos dos outros" são enganados pela bajulação mais transparente. É o bastante para me fazer perguntar: O quanto realmente nos conhecemos?
Quanto mais penso sobre isso, mais prefiro protelar o tópico mim mesmo. O que gostaria era saber mais sobre a realidade objetica das coisas fora de mim. Como o mundo exterior é importante para mim, como mantenho um senso de equilíbrio entrando em acordo com ele. É assim que obterei uma noção mais clara de quem sou."

verdade e infinito

19/06/10. pobre menina perturbada e iludida.

e não é que eu só precisava de verdade, mesmo? gente, verdade é uma coisa tão poderosa, que eu nem fazia idéia! eu acho que vou dizer mais verdades. espero que eu não me empolgue e machuque todos, também, né. a verdade me fez passar de raiva e confusão pra experiência e alívio em 2 segundos, literalmente. falando, nem parece grande coisa. mas pra quem sente, é absurdo. as pessoas deviam praticar mais isso. droga, tirarai vários tweets de hoje, mas não consigo twitar nesse computador. que seja, verdade, te amo. sei lá, talvez daqui a pouco aconteça alguma coisa que me jogue na cara que tudo é relativo e que a verdade às vezes é uma merda. tanto faz. é pra isso que eu vivo, pra aprender, mesmo. e eu não vou aprender tudo e nem chegar à perfeição até eu morrer. quando eu morrer, eu ainda não vou saber de tudo. e nem quero. sabendo que as coisas são relativas (até a relatividade das coisas) e que deve-se evitar generalizar tudo me basta. a verdade é que a vida e o nosso propósito é um grande infinito. ou não, porque a verdade é relativa. mas a relatividade é relativa. mas isso é relativo.... (infinito)

certo e errado

07/06/10. de novo, podia desenvolver mais.

erros, right. todos nós cometemos erros. agora defina um erro. ok, fazer algo que não é certo. agora defina o certo. pra mim, a partir daí definitivamente não tem mais definição, mas ok, alguém ainda pode dizer algo relacionado com verdade. mas verdade, né, estamos carecas de saber que é relativa. logo, certo e errado, oi? talvez senso comum. mas senso comum, oi? muda. nem que seja de geração pra geração, cultura pra cultura. gerações? bom, em cada geração as coisas mudam de pessoa pra pessoa. nós somos humanos demais pra nos homogeneizar de qualquer jeito. será que tem alguma coisa que todos nós façamos, ou sejamos? acho que não, porque tem gente que nem pode. logo, como é que nós vamos estabelecer dois grupos (coisas certas e erradas) em meio a toda essa confusa relatividade? sabe, cada um age do jeito que acha melhor. às vezes pra si, às vezes pros outros, às vezes pro máximo de pessoas possível. e é assim que a gente vive, e é daí que surgem conflitos, e a gente resolve eles, e, bom, vive. vou lá viver. ou fazer um bolo de banana. bjs

regras incontestáveis para uma mulher digna

nenhuma, hoje sou feminista.

erros humanos

21/02/10. esse update faz pouco tempo.

a humanidade tá em tal ponto que alguém sem ou com poucos erros não pode ser considerada humana; ninguém atribui a ela essa característica. existe quase uma cotação de humanidade. hoje, alguém humano tem que ter cometido "x" erros, amanhã, "y". e o diz que precisar de "z"? o pior (ou melhor) é que isso é puro conforto, conformismo, inércia (que, nesse caso, se aplica ao estado de aceleração constante). não, nós não devíamos errar. só pensando assim se reduz o número de erros, que nunca vai ser nulo pra alguém. afinal, somos humanos.


o que eu posso fazer se vivo nesse mundo?

UPDATE 5 meses depois: cara, não faço idéia do que eu quis dizer com isso. i wish i'd explicar as coisas melhores, sabe, porque acho que tem potencial. até comecei a me interessar, mas não faz sentido. não me leve muito a sério.

lembranças

05/02/10. ai, tadinha de mim. acho que era uma pequena crise de identidade.

me lembro do corte zero kids do iguatemi, que o chão era aquele da mônica que vendia no tumelero, que tinha uma tv grande, e uma escada servia como banco. que tinha uma mesa pra desenhar, que tinha balas na mesa da recepcionista e uma planta na porta. que tinha uma sala do batman e uma da pequena sereia, na qual encontrava-se um linguado de pelúcia um pouco menor que o meu, o que era estranho, porque o linguado era só um e só tinha um tamanho. lembro de ir brincar na pracinha e ficar com medo de pisar em formigueiros, de tomar banho de bacia na casa da minha avó, de inventar matérias pra ensinar a alunos imaginários com um quadro negro do meu tamanho (!), de comer iô-iô cream e começar a gostar de café com leite. lembro de deitar com as minhas amigas no meio do condomínio de noite pra ver o céu, e ter aquela sensação que adultos, se fizerem isso também, vão sentir, de que o céu é infinito e um limite ao mesmo tempo. lembro de acordar todo dia com um cheiro de nescau vindo do meu cabelo, e a mamadeira derramando aquele resto de nescau velho no lençol novinho. lembro que sonhava muitas vezes que a cidade tinha sido inundada por um líquido que na verdade era um edredom colorido e fofinho que tinha em casa. lembro que me achava o máximo por supostamente conseguir passar batom sem borrar nem olhar no espelho, de vestir as saias longas e rodadas da minha avó, de adorar as unhas uma de cada cor da outra avó. lembro de dançar na sala depois de ter comido peixe toda sexta-feira, com a lareira ligada no inverno, e o ventilador no verão. lembro de não saber andar de bicicleta e não ter a mínima vontade de aprender. lembro do cheiro de manga predominante na bahia, e que lá eles riam de mim por falar "tri". lembro que tinha uma amiga no prédio, que a mãe dela era dentista, que a irmã dela tinha uma coleção de barbies impressionante, e que o irmão dela me intimidava. lembro de fazer o comercial pro baú da felicidade, de esperar comendo bolachas do piu-piu, da minha amiga me pedir uma, e eu mandar ela pedir pra mãe dela comprar. lembro de pedir pra minha mãe me acordar quando eu estivesse chegando no colégio, pra pentear o cabelo, e de perguntar se estava com cara de sono antes de chegar na creche. lembro que os meus amigos sempre se sentiam confortáveis comigo, que até na creche, sempre me contavam segredos e confiavam em mim. lembro de fazer meu aniversário de 4 anos e olhar pras outras crianças como se fossem bebês, e de me apoiar na mesa do parabéns, fazendo-a virar parcialmente. lembro da minha amiga ohana, e ligo ela a comer mamão na escolinha. lembro daquele cheiro de feijão. lembro de comer uma panela de espinafre sozinha, e das minhas blusas da mônica e da magali que tinham uma estampa em relevo muito legal. lembro de me achar mais madura do que as outras crianças com frequência, e achar a bunda da professora da segunda série absurdamente grande. lembro que meu colega disse que eu parecia a jade da novela, e a minha colega chata, a dona jura. lembro da minha inauguração do quarto novo, que comi omelete e suco de uva num cálice. lembro de andar de topless na praia, e de não gostar de areia desde sempre. lembro do cheiro da casa das minhas amigas de 5 ou 6 anos atrás. lembro do nome dos parentes delas. lembro das datas de aniversários da maior parte das pessoas que conheço. mas não lembro de mim.

história do amor

29/08/09. sério, qual era o meu problema?

- duas pessoas se conhecem. começam a se amar lentamente. amam um ao outro do jeito que são. mudam por causa do amor, que é um sentimento forte demais para não intervir em uma personalidade. têm dificuldade em reconhecer e aceitar a nova personalidade da pessoa amada. o amor acaba. talvez por nenhum outro motivo em especial. talvez por coisas que resultaram da mudança na personalidade causada justamente pelo amor, pois uma vez que uma parte da cabeça de uma pessoa é mudada, pelo menos outra também é.
- duas pessoas se conhecem. pessoa 1 ama pessoa 2. pessoa 2 dá uma chance ao amor, confia e decide se juntar com pessoa 1. pessoa 2 começa a aprender a amar pessoa 1, que já a ama. pessoa 2 começa a mudar sua personalidade por causa do amor. pessoa 1 esquece de como amar pessoa 2. pessoa 1 deixa de amar pessoa 2 e muda, pois o amor sumiu. pessoa 2 sente falta da antiga pessoa 1, mas, já que ela não existe mais, o amor também acaba.
- duas pessoas se amam. começam a se conhecer lentamente. conhecem melhor um ao outro e continuam amando, pois estão mudando ao mesmo tempo e somente isso. o sentimento não teve que crescer, pois já existia. não percebem a mudança um no outro, pois também estão mudando; e quem sabe até o sentimento esteja, mas continuará equivalente.
- duas pessoas se amam. pessoa 1 conhece pessoa 3. pessoa 3 ama pessoa 1. pessoa 1 ama essa idéia, e passa a amar pessoa 3, talvez até amando a pessoa 2 simultaneamente, mas muda por causa do novo amor. pessoa 2 se decepciona e acaba seu amor por pessoa 1. pessoa 2 não sabe mais amar. pessoa 1 muda, pois não tem mais o amor de pessoa 1. pessoa 3 não a ama mais. pessoa 2 não ama, não é amada, e não sabe mais quem é. todos sentem falta de alguma fase, mas não das mesmas.
- pessoa 1 caminhou para o leste, e encontrou com uma pessoa que já teve um amor que acabou, pois nem ela nem a outra pessoa do relacionamento sabiam aceitar mudanças em personalidades. agora ambos possuiam um pouco mais de tolerância.
- pessoa 2 caminhou para o norte, e encontrou com uma pessoa que teve um grande amor que não a amava. quando começou, mudou, e o amor do início acabou. agora ambos sabiam reconhecer o que queriam.
- pessoa 3 caminhou para o oeste, e encontrou com uma pessoa que já encontrou o amor, e ainda o tinha. pessoa 3 percebe que tem o poder de acabar com isso, mas já fez isso antes, e foi o que encaminhou-o para o oeste. agora sabe que não adianta de nada amar o que certamente vai mudar.
- pessoa 4, que jamais teve amor algum, caminhou para o sul, sozinha e eternamente satisfeita.

sempre tem

28/08/09. meio óbvio, né. é tão superficial... mas as pessoas costumam adorar essas coisas.

tem gente que não se importa. tem gente que exagera. tem gente que odeia. tem gente que caminha. tem gente que viaja. tem gente que estuda. tem gente que não pensa. tem gente que superestima. tem gente que é otimista demais. tem gente que não entende. tem gente que não tenta. tem gente que tem opinião. tem gente que não percebe. tem gente que assiste. tem gente que participa. tem gente que dorme. tem gente que acorda. tem gente que nasce. tem gente que morre. eu vivo.

desvio de felicidade

25/06/09. eu tinha algum problema, eu acho. era muito analítica. não concordo com isso. é tudo tão mais casual.

acredito que muitos problemas do mundo atual possam ser explicados por uma felicidade desviada, em relação a antigamente. é como se o mundo tivesse uma cota de felicidade. alguém não pode ser mais feliz enquanto alguém não é menos. quero dizer, antigamente, creio eu, as pessoar eram menos felizes, em geral. não conheciam essa euforia que hoje em dia muitos conhecem. como se 80% fosse relativamente feliz, e 20% um pouco infeliz; assim que a felicidade estaria distribuida, aproximadamente. com o tempo, o homem começou a roubar. roubar a felicidade de outros sem preocupar com estes. a compaixão foi se transformando em seu inverso (claro, porque nada se cria ou se perde). e, assim, algumas pessoas passaram a ser excessivamente felizes, e outras, excessivamente infelizes. agora é como se 40%, ou menos, fosse muito feliz, e 60%, ou mais, fosse muito infeliz. life isn't fair.

crer no poder da razão

19/05/09. ah, aquela prova de sociologia. o professor não tinha argumentos mesmo, foi demais.

disseram-me que não é possível crer no poder da razão (eu não queria dizer que foi numa prova de sociologia, porque ficaria muito adolescente). mas eu creio que seja. creio que seja preciso crer em tudo na vida antes de qualquer coisa. é preciso crer antes de ver, sim. se não crermos que somos capazes de enxergar coisas, então nem abriremos os olhos. se, porventura abrirmos, talvez nem creríamos que o que nos vem à cabeça é o que estamos enxergando. poderíamos pensar que é a imaginação entrando em ação. acho que não basta conhecer a razão, a ciência, mas também crer nela. são tantas as coisas que vemos com nossos próprios olhos, mas cremos que são outras! e, se não fosse possível crer no poder da razão, qual seria o sentido da expressão "crença antecipada" existir? temos que crer até mesmo que existimos, para existir, no caso. se alguém é adepto da razão e da ciência como "filosofias de vida", então essa pessoa crê que a razão e a ciência são verdadeiras. reafirmo que creio ser necessário crer em tudo que se crê. se não crês em mim, creia no que quiseres. mas creia... bem, como se fosse uma opção.

cópia

15/05/09. ainda.

eu tenho alguma coisa com copiar dos outros, ou com copiarem de mim. odeio. definitivamente não gosto. mas, como eu sou humana, às vezes me falam, ou eu vejo coisas legais que me dão vontade de reproduzir. me sinto péssima. se alguém me fala alguma coisa que eu acho legal ou até mesmo polêmica, me dá vontade de escrever sobre, mas eu sempre evito. me sinto como se estivesse copiando, sem criatividade. mas estava eu aqui refletindo... eu também acredito que a personalidade das pessoas seja formada pelas experiências que ela já teve; que a vida de cada um molda sua atual personalidade. assim, absorviríamos tudo que achamos legal ("reproduzível") de qualquer jeito, e usaríamos, mesmo que fosse em outras palavras, ou apenas como princípio, ou parte de um princípio, no futuro. é algo como "falou, tá falado", "ouviu, tá ouvido". enquanto não inventarem a máquina do tempo, eu já tenho um argumento para poder "copiar" coisas na cara dura. idéias boas são para ser compartilhadas, não? qualquer coisa, é só acusar de egoísmo.


se copiar algo de mim, por favor, me dê os créditos.

difereeeeeeenças

12/05/09. verdade.

a maioria das pessoas no mundo, hoje em dia, não entende que nem todas as cabeças funcionam exatamente igual às suas. é uma pena. cada um pensa diferente, e tem gente que pensa MUITO diferente. tem gente que pensa MUITO parecido. e tem gente que simplesmente nunca parou para pensar nisso, mas entende, no inconsciente, ou conscientemente mesmo, porque, pra pessoas com a cabeça parecida com a minha, isso é até meio óbvio. e também tem gente que já parou pra pensar nisso e se convenceu. tem de tudo.

MAS AINDA TEM GENTE QUE NÃO SABE DISSO! E TÁ CHEIO EM VOLTA DE MIM!

*QUE VIDA INJUSTA.

assíduos(?) admiradores

07/05/09. é.

até quando você tiver messed up everything, sempre terá quem te admire: os seus olhos. toda vez; em qualquer momento da vida, que você olhar para eles, eles estarão olhando para você. seja grato a eles.

you give a little love...

20/04/09. como eu queria não usar tantas carinhas e expressões que descontraem.

ouvindo uma música que diz "por você eu buscaria as estrelas (...) não te promento nem a terra, nem o céu, nem o mar, mas vou te amar", eu comecei a pensar que é muito diferente amar e dar amor. existe uma diferença absurda. eu adoro pensar sobre amor, tentar chegar a um consenso sobre sua definição, justamente por que eu sei que nunca vou conseguir. e ninguém mais vai. não sei porque, sempre me atraí por coisas impossíveis. gosto delas. não é que eu tenha vontade de torná-las possíveis (T.I. says: "make impossible possible..."), eu só gosto. mas ok, não vem ao caso. eu sempre vou puxando assuntos nada a ver, vou te contar... mas então. não que amar uma pessoa seja fácil, mas demonstrar isso; dar amor, é incomparavelmente mais difícil. não é natural como amar. é preciso fazer "força"; pensar no que é possível fazer para isso. as pessoas confundem muito. jamais se deve prometer amar. dar amor tudo bem, é só fazer uma forcinha, saber ser um bom ator, dependendo do caso. mas amar é espontâneo; natural; inesperado; sem sentido; inexplicável; involuntário. por isso, nunca se deve esperar que alguém te ame. por isso, é tão difícil amar alguém que te ame. por isso, deve-se dar o devido valor à situação, quando acontece. por isso, deve admirar-se isso nos outros, principalmente quando é aparente. tá, fui fazer outras coisas e perdí o fio da meada (sério, como eu queria uma expressão menos jeca pra isso). mas é basicamente isso.

como eu tenho repetido palavras ultimamente. azar, só escrevo pra desabafar mesmo ¬¬

sofrimento

13/04/09. sério, acho que passei por uma onda de otimismo.

pessoas sofrem. é assim. algumas sofrem tudo no início da vida, e passam o resto felizes. algumas sofrem um pouco durante toda a vida. algumas sofrem mais pro fim. algumas sofrem no meio. algumas sofrem sozinhas. algumas compartilham o sofrimento, interferindo na cota de sofrimento de outras pessoas. algumas sabem lidar com o sofrimento. algumas não fazem idéia de como enxergar os pontos bons, que, indescutivelmente, sempre existem. até nos momentos de sofrimento das pessoas que sofrem tudo de uma vez. é duro. mas existem pontos bons. ou elas nem estariam sofrendo; estariam mortas. the thing is: todo mundo sofre. isso vai acontecer. pode já ter acontecido, e pode estar acontecendo. pode ser num momento que facilite um pouco passar por isso, pode ser que não. depende. é com o acaso. algumas pessoas, também, agüentam. outras não agüentam, e tentam resolver tudo. aí, algumas conseguem, outras não. mas não adianta conseguir: o tempo "reservado" pro sofrimento, que foi encurtado, ainda estará reservado. e outro problema ocupará o lugar. então, não pense que é um problema ter problemas. todo mundo tem, não chega a ser um problema. deixe para considerar um problema os próprios problemas. sofra quando tiver que sofrer, and enjoy it. porque vai acontecer, e nem vai ser ruim. só vai ser sofrido. mas isso só serve; somente existe pra conseguirmos dar valor à felicidade pacífica.

o homem,

04/04/09. e algumas mulheres também. rsrs.

covarde, só acredita no que vê, e teme o que não vê.

somewhere over the rainbow

19/03/09. acho que, sei lá, eu lia livros de auto(-)ajuda. ou tomava café demais.

isn't it amazing pensar que, não importa o quão boa, ruim ou neutra seja uma coisa, sempre, em algum lugar desse mundo, vai haver alguém que ame, alguém que goste, alguém que seja indiferente, alguém que não goste e alguém que odeie qualquer coisa? não há porque se preocupar. cada um tem seu lugar.

defeitos

11/03/09. queria muito ter desenvolvido mais muitas dessas coisas.

eu não acho que as pessoas odeiem seus defeitos e realmente queiram mudá-los, at all. simplesmente se conformam de que são defeitos, que o resto das pessoas não gosta, e que é preciso eliminá-los, mas, sendo da personalidade, acredito que seja muito mais fácil mudar do que parece.

indiferença (one more time)

19/02/09. odeio minha própria ambuguidade, às vezes. queria saber do que é que eu tava falando.

é uma conhecida, muito bem conhecida minha. mantenho com ela uma amizade de interesse, sem fidelidade. às vezes, somos aliadas, às vezes, inimigas. quando nos é conveniente, nos juntamos, e não há nada que nos vença. mas somos compatíveis demais para vivermos juntas integralmente.

sobre rascunhos

09/02/09. é, esse negócio de fazer da vida um rascunho sempre me irritou muito.

qual é o problema de fazer da vida um rascunho? quem foi que disse que ela tem que ser passada a limpo? eu sempre gostei mais dos rascunhos. eles são espontâneos, contêm a emoção do momento, o instinto natural de alguém. ao passar a limpo, a naturalidade vai embora. eu acho que a vida deve ser um rascunho, sim. feito de caneta, é claro. mas um rascunho, e tenho pena de quem passe a limpo.

tudo igual?

28/01/09. isso aí.

homens não são todos iguais. mulheres não são todas iguais. há homens que são fúteis. há mulheres que são lógicas. há homens completamente apaixonados. há mulheres que não gostem de homens. há homens que não mentem. há mulheres que são sinceras sempre. há homens intuitivos. há mulheres sérias. há homens que não entendem. há mulheres que não prestam. há homens que fariam tudo por uma mulher. há mulheres que colocam o homem na frente de tudo. há homens que colocam os homens na frente de tudo. há mulheres que sofrem. há homens que não se importam. há mulheres que não realmente sentem. há homens que fingem. há mulheres inseguras. há homens chatos. há mulheres mais inteligentes que homens. há homens mais manipuladores que mulheres. tem de tudo. quem foi o infortunado casal que teve uma série de experiências ruins e inventou que o sexo oposto inteiro age e pensa da mesma forma? e como, in the hell, as pessoas chegam ao ponto de egoísmo de acreditar nisso?

pensar, sentir, pensar, fazer, pensar

17/01/09. aí eu comecei a perceber que eu realmente adoro desconstruçõezinhas.

a gente é o que pensa, sente, faz e pensa de novo. eu penso que sou eu mesma, sinto que não é tão simples, escrevo e penso que talvez seja, mesmo. só pra começar a sentir novamente que talvez não seja só isso. daí eu apago e penso que deveria ter mantido a opinião. às vezes, sinto que tava certo; às vezes, que tava errado; às vezes, que eu não deveria estar sentindo, e sim fazendo; e às vezes, que pensar já basta pra ser alguém, uma vez que a gente é o que pensa.

sem absolutamente nenhum sentido

05/01/09. nem li tudo agora, mas é só pra eu lembrar da minha capacidade de escrever muito por horas sem qualidade nenhuma. como isso era bom.

here i am com uma vontade louca de escrever um texto hiper mega gigante, mas sem idéias pra escrever porcaria nenhuma \o/ hm, tá, já sei. eu queria, por um dia, ver minha vida de fora. não, me ver de fora. eu tenho certeza que as pessoas me vêem muito diferente, me interpretam muuito diferente, me ouvem absurdamente diferente. queria tanto saber como é. ah, droga, tá tarde, perdi o fio da meada (taí uma expressão ridiculamente velha e jeca, mas que não tem outra mais atual para substituir, por isso eu sempre evito usar). eu acabei de pensar em escrever outra coisa, mas esqueci porque tava escrevendo esse comentário totalmente inútil sobre o fio da meada, coisa que eu nem sei o que quer dizer literalmente. deve ter a ver com costura. ok, isso aqui tá virando a coisa mais sem sentido que eu já escrevi. aliás, "sem sentido" é uma coisa que eu tenho falado muito. e eu tô adorando isso! tenho tratado coisas sem sentido como negativas, apesar de nunca ter explicitamente me esclarecido isso. mas sabe, tô percebendo que podem ser boas. quem foi que disse que sentido é sempre bom? geente, e se eu quiser não ter sentido? seria mais fácil, hein? é, talvez não fosse o certo, mas mais fácil seria. e quem disse que eu quero o certo agora? eu quero o sem sentido! eu nunca disse que queria fazer sentido! tô cansada daquela coisa do certo e do fácil. é isso aí, to procurando a falta de sentido. bem rebelde mesmo. ah, quer saber? eu não vou é procurar nada, vou comer sorvete (isso mesmo, COMER sorvete, e não tomar, porque tomar nunca fez sentido pra mim, uma vez que COMEMOS de colher)(ou lambemos, o que não seria tomar também) e dormir. isso aí, e amanhã vou no dentista com a esperança e tirar o aparelho na outra consulta, como sempre, mesmo sabendo que não vou tirar esse troço nunca. beijosmemandemsinaldefunaça (<- homenagem à ciça, única pessoa pra quem eu não sei porque cargas d'água [aliás, expressão tão sem sentido quanto fio da meada, talvez até mais] eu escrevo não sei o que). pronto, fim. tá com dor de cabeça? essa sempre foi minha intenção. é, eu tenho andado com enchaqueca, e eu nem sei se se escreve assim. queria que alguém sentisse como é que é, apesar de saber que dor de forçar os olhos ou o cérebro não é a mesma. mudando de assunto, já que eu quase não fiz isso o resto do post, sabe a comunidade "mudo de assunto, gosto de azul"? pois é. mas eu tenho a hora e a falta de escrever como desculpa. por que eu tenho sempre tirado o atraso com coisas sem noção e muito menos sentido? ticontar... preciso analizar isso, hein? mas também, tô nem aí. tô tri feliz, talvez até como nunca :D tá, agora deu. o sorvete ainda me espera, coitado.

Isso tudo eu escrevi ontem de noite, mas a internet deu problemas e eu tive que colar no Word e escrever essa última parte. Ta, na verdade hoje ainda é ontem de noite.

mil palavras

23/12/08. é. eu gostava um pouco de crepúsculo. pula essa parte.

uma imagem valhe mais do que mil palavras? nunca concordei com isso. toda vez que alguém me falava, ficava sem argumentos, mas sabia que havia algo errado. as palavras são perfeitas, elas são tudo na vida de alguém. imagens podem ser alteradas, têm milhares de pontos de vista. mas, veja bem, um livro que tenha adaptação para cinema, qualquer um, eu APOSTO que é melhor. quem é que não se decepciona com a escolha de personagens, cenário, falas, expressões? eu juro que não tô falando só de crepúsculo, mas é que eu prestei atenção nisso há pouco tempo. em quaaalquer filme adaptado é assim! mas por mais que uma foto seja linda, maravilhosa e poética, é injusto dizer que mil palavras não podem transmitir a mesma emoção. podem, e até melhor, eu acho. a nossa imaginação é tão mais eficaz do que algo nos dado pronto. não tem graça assim. eu fico com as palavras.

heart vs. brain

14/12/11. eu tinha (ok, talvez ainda tenha) uma obssessão com títulos em inglês. patético, mariana.

dois órgãos. todo mundo tem. acredito que todo mundo encontre certa dificuldade ao lidar com eles. claro, não podemos controlá-los diretamente, mas ainda assim temos que lidar com eles. é naqueles momentos difíceis, naqueles em que tem até gente ajudando (ou seria bom se tivesse), que a gente tem que pensar se vai "ouvir" o coração ou a razão. mas queeeem in the world disse que tem que seguir só o coração ou só a razão, pelamordedeus? o que seria das emoções sem um cérebro para entendê-las, e assim desenvolvê-las, mantê-las, descartá-las... sem um cérebro, não há emoção que dure. sem um coração, não há um cérebro humano. porque teríamos que escolher entre fazer o que a razão manda ou o que o coração manda? eu acho que o melhor a se fazer é, primeiro, ouvir o coração. mas não segui-lo direto jamais. se o cérebro é tão importante, ele também deve ter algo a dizer. ele também quer se manifestar. contar para o cérebro o que o coração disse e adaptar o plano aos princípios dele. talvez prático e concreto demais para algo tão vasto, mas não tenho dúvidas de que haja um caminho melhor, aliás, entre um e três, o dois sempre vence.

recomendações

13/11/08. eu dando de "use filtro solar". mas eu achei mais legal. tinha recém feito 14 anos, né.

uns conselhos sobre a vida que eu costumo dar (ou daria) por aí...
nunca esqueça da verdade. nunca mascare a verdade. sempre fale a verdade. tenha pena de quem mente. ajude sempre que possível. faça o possível para não ser incômodo. jamaaaaaais faça com os outros o que não queres que façam contigo. amar = querer o bem. ame todo mundo. ame seus inimigos. assim, eles nunca vão poder jogar nada na sua cara. se você ajudá-los, melhor ainda. eles vão te dever. faça o possível pra ter créditos com as pessoas. apaixone-se o número de vezes necessário para amar alguém de uma forma diferente, que só se sabe que existe quando se sente. mesmo que sua família não seja perfeita, agradeça por ela existir. se ela for perfeita mesmo com todos os seus defeitos, lembre-a sempre que possível. mas seja sincero, porque gente da família nos conhece. mesmo que às vezes não pareça. se vicie seriamente e temporariamente em coisas que não fazem mal. você tem duas escolhas: deixar o tempo passar rápido e no futuro pensar que tudo valeu a pena, ou pensar o tempo todo que o tempo pode passar rápido. assim ele passa devagar, e no final parece que não foi aproveitado. cada um com suas preferências. confie em quem você conseguir confiar. não force a confiança. esteja sempre disponível para seus amigos. se puder escolher, nunca perca o vínculo com eles. não se obrigue a fazer nada. mas se alguém te obrigar, dependendo da pessoa e da obrigação... sempre leve um casaquinho. acredite, algum dia você ainda vai precisar e não ter. tente dizer o mínimo de "não" possível (nos casos em que não prejudica ninguém dizer sim, né). coloque sempre as pessoas na sua frente, que a vida te colocará lá quando for conveniente. lembre-se: a vida sempre recompensa. se você deixar, é claro. coma sem culpa, mas não exagere. poucos são os exageros que não prejudicam. aliás, não consigo lembrar de algum no momento que não prejudique em nada. não tenha vergonha de expor sua opinião, nunca. fale pras pessoas o que você sente. mas, dependendo do caso e da pessoa, não seja explícito demais. sinceridade não é explicitação. fale às pessoas o que você acha delas. não economize elogios sinceros e convenientes. não tenha medo. seja diferente da maioria. fale com quem falar com você. perceba coisas inúteis. saiba coisas aparentemente inúteis. cante, mesmo que não saiba cantar. quando estiver nervoso, cante. dance, mesmo que não sabia dançar. quando sentir que precisa, dance. ache uma quantidade saudável de preocupação para ter com o futuro. ele não merece tanta preocupação, mas uma certa quantidade é necessária. jamais se desespere. sempre tem um jeitinho. não generalize tanto quanto eu. não dê tantos conselhos pras pessoas quanto eu; se alguém seguir e não der certo, a culpa fica em você. escreva sempre que possível. clareia as coisas de um jeito impressionante. e se abrir uma excessão à cada um destes conselhos pelo menos uma vez na vida, parabéns, você sabe viver. mais importante do que tudo: peloamoooordedeus, jamais siga tudo isso, ou você vai se tornar alguém pateticamente perfeito. e não queremos ser perfeitos, certo? ah é, mais um: não queira ser perfeito. esteja satisfeito consigo mesmo, que pode não haver tempo para mudar.

80%

07/11/08. que linda eu, né?

podem até dizer que eu tenha pensamentos utópicos em achar que o melhor não é ser sempre competitivo; achar que as pessoas não deveriam ser assim. mas eu juro que faço seguinte. pensando no fato de que em todas as coisas das quais eu consigo me lembrar que é preciso planejar/ensaiar antes de pôr em prática realmente, na hora de fazer para valer, a gente sempre consegue cerca de 80% do que pensou/treinou. eu acho que para ter um mundo melhor, com pessoas mais honestas e todas essas coisas, temos que pensar em um mundo perfeito. talvez, se todo mundo pensasse em um mundo perfeito e deixasse esse pensamento crescer, ao invés de interromper o sonho com um bloqueio que a sociedade impõe em qualquer imaginação produtiva para não poder ser superior ao de ninguém mais, pudéssemos conseguir 80% de um mundo perfeito. já seria demais.

pena

28/10/08. EU SEMPRE PENSO ISSO! o bom de ler essas coisas antigas é que eu sei que realmente penso determinadas coisas...

uma vez alguém me falou que não entendia porque as pessoas se sentem ofendidas quando alguém sente pena delas. não lembro quem, só lembro que eu fiquei procurando um motivo, mas não concordei. eu e minha cabeça dura, impressionante. o que importa é que agora eu concordo. qual é o problema dos outros terem pena? todo mundo tem seu momento merecedor de pena alguma vez. umas pessoas têm até várias vezes. é natural, não tem nada de errado. qual é o problema de dizer que morreu alguém da família, que acabou o namoro, que os pais são muito autoritários? é evidente que alguém vai ter pena, e isso definitivamente não é ruim. só quer dizer que a pessoa sente por você, ou seja, tem a capacidade de se colocar no seu lugar. eu acho até um sentimento nobre. é muito bem usada em discussões de novela, quando uma mulher fala pra outra "eu tenho peeeena de você!". ela se mostra superior de verdade. desde que não seja da boca pra fora, claro. não me importo que sintam pena de mim desde que o motivo que cause isso não exista por minha culpa. é, aí até dá para entender. mas são raros esses casos. aceite a pena como uma prova de que tem gente por aí que se preocupa contigo, e não como se alguém lamentar por ti fosse ruim, porque eu não sei desde quando é.

shampoos e prefeitos

06/08/10. meu-deus. que bosta de coisa escrita. só tô botando aqui porque eu lembro que muita gente adorou.

todo esse clima de eleições faz até quem não vota pensar em política. é inevitável, está por todo lugar. com esse monte de coisa na cabeça ultimamente, estava eu no banho, quando encarei aquele pote de Fructis pela metade. pensei "você é um inútil; pior ainda do que o pote de Ox ao seu lado, quase no fim". é impressionante, esses shampoos de hoje em dia não fazem diferença nenhuma no cabelo das pessoas. então comecei a pensar... shampoos são muito semelhantes aos candidatos que a sociedade tem que eleger! em ambos os casos, nós temos que escolher a propaganda, o rótulo que nos pareça mais convincente e confiar naquilo. coisa complicada, a confiança. no fim, o shampoo ou não adianta nada e o cabelo continua igual, ou adianta muuuito pouco e logo logo pára de fazer efeito sobre o cabelo; o prefeito não faz nada demais, ou faz umas coisas e tal, mas logo logo todo mundo se acostuma e ele pára por aí. claro, do alto do meu vastíssimo conhecimento sobre política (quem vê pensa), não posso falar muita coisa, mas eu reconheço o shampoo de qualquer pessoa, desde que seja nacional. juro u.u . bom, acho que quando eu crescer, eu vou ser prefeita e criar uma linha de shampoos eficiente.



ps.: não seremos injustos. o Pantene até que adianta.

tudo sempre vai ficar bem...?

29/07/08 ok, eu via malhação, essa linguagem é absurdamente simplória e eu tinha conflitos com "tu" e "você". mas me achei tão querida...

vendo malhação comecei a pensar... porque as pessoas dizem para as outras que vai ficar tudo bem quando não vai? o bruno ta paralítico e a tapada da angelina só diz que ele tem que acreditar, tudo vai dar certo, meu amor. tá bom, ter fé, força de vontade e tudo mais, tudo isso é importante, mas... nem sempre tudo vai ficar bem! não é pior ficar fingindo que puts, já tá na hora de eu paracer bem, então vou fazer de conta que superei? eu acho que não é vergonha nenhuma assumir que tem uma coisa que ainda incomoda, mesmo que já esteja na hora de ter esquecido. acho que assim é até mais fácil superar. antes de resolver, é preciso achar o problema e enfrentá-lo! isso é óbvio, como você vai lidar bem com algo que não conhece? eu acredito que andar por aí contando para quem quiser sua história triste, deixando todo mundo com pena de ti (é isso aí, só mandar tudo longe(mas com muita classe)) é muito mais revitalizante do que dizer que "teve uns probleminhas aí mas... é... ah, no fim tudo fica bem, não é mesmo?". admiro quem diz "acabei com meu namorado há 3 anos, me arrependi e até hoje não paro de comparar ele com o traaste que tá comigo agora". pelo menos admite, sabe? se essa dor existe, não dá pra negar. pra quê fingir? eu prefiro sempre tudo o mais claro possível, talvez seja até pessoal. mas seria tão mais fácil! não que se deva aceitar este traste atual e achar que seu destino é cruel mesmo. esse não é o fim, é o meio. o próximo passo é fazer um acordo com o namorado atual: você entra com o pé e ele com a bunda (haha, tô a um tempão pra arranjar uma oportunidade pra falar isso). e daí sim dizer que superou. flores vivas e inacreditavelmente radiantes de tecido não impressionam ninguém.

sábado, 20 de novembro de 2010

medo/tempo/indiferença

26/06/08. tenho certeza que tinha depressão. me impressiono por nunca ter sido emo.

o que realmente toma conta de mim? o que tira meu sono, me desliga de toda e qualquer situação, não importando o grau de importância ou o quanto ela requeira atenção, é o medo. um medo insaciável de não ter tempo de fazer tudo que devia, de não conseguir fazer alguma coisa, de ser inútil. não temo o errado, não temo que possa fazer alguma coisa que não fosse a melhor alternativa. temo a indiferença. temo, no fim, estar errada sobre tudo. estar errada até mesmo nas vezes que penso que há esse abismo entre o certo e o errado, e o que existe é o diferente, e só ele. temo não dizer às pessoas tudo que deveriam saber, não conseguir ajudar quem eu poderia, não chegar no meu melhor. me assusta a possibilidade de nada acontecer, e tudo acabar antes de tudo. por outro lado... não há nada mais motivante. vai entender...

a não existente grandeza em alguém

18/06/08. como é que isso cabia em mim? ao mesmo tempo, acho absurdamente superficial e não concordo. mas there's something.

[talvez o texto seja um pouco repetitivo, porque eu escrevi cheia de emoções u.u]

dessa grandeza toda que muita gente finge que tem por dentro, nenhuma é 100% verdadeira. sabe nos filmes, quando as pessoas são surpreendentes e parecem sempre superar os limites? só em filme isso acontece, porque o ator é o ator, e não o personagem [dã]. ele não sabe o que o personagem faria porque não é ele. todo mundo conhece mais ou menos seus limites. todo mundo tem uma idéia do que é capaz ou não. todo mundo que mantém essa pose de pessoa importante teme que um dia descubram que a pessoa tem seus pontos fracos e, surpresa, é um ser humano com defeitos! essa máscara não fica por muito tempo. ela cai, porque o próprio medo de os limites serem revelados a arranca do rosto de qualquer pessoa. algum dia, uma pessoa que assume que a sua armadura é de vidro descobre que aquela armadura da pessoa ao lado, que parece de ferro, é só pintada. mas embaixo é de cristal. quem assume uma armadura frágil sempre impressiona quem finge uma de ferro por sempre ter sido como realmente é. e isso não é fácil. essa pessoa se conhece melhor, não mente pra sí mesma. assim, pode viver melhor. acredite, não existe uma proteção indestrutível. às vezes, embaixo de várias camadas de chumbo, todo mundo é de porcelana.


*adoro metáforas

necessidade de sonhar

11/06/08. alguém volta no tempo e ensina essa criança a ser menos cansativa, por favor. tanto potencial, coitadinha.

ultimamente eu tenho ouvido muito que os sonhos movem a nossa vida, que nós temos que sonhar, que sonhos são vida, que sem sonhos nós não somos ninguém... por que?!?!?! eu sempre acreditei que se eu não tivesse sonhos eu não teria com que me frustrar. não acho sentido em criar algo para acreditar, depositar todas esperanças de felicidade nisto e viver para uma coisa. e se não dá certo? ok, daí você me diz que é só pegar essas fichas e apostar em outra coisa. mas haja capacidade de dinamizar as emoções e a confiança, não é mesmo? porque dizem para uma pessoa que não tem sonhos e é feliz assim que ela tem que ter sonhos, se não ela não pode ser feliz? claro que pode. se ela é feliz sem sonhos, deixa ela sem sonho, ué! até acredito que todo mundo tenha sonhos. mas sonhos de verdade são aqueles espontâneos, aquelas coisas que nós queremos por que queremos. não vejo aquelas coisas que escolhemos a dedo para perseguir como sonhos. acho que todo mundo pode ser feliz não esperando nada do futuro, se receber coisas que o (a) deixe feliz.

ps.: eu não gosto, também, da palavra "sonho". me passa a idéia de algo distante e que nós não merecemos, só se dermos nosso sangue. se eu acredito em sonhos? se temos que gastar todo nosso esforço para uma só coisa, então eu não acredito. pra mim tudo tem que ser equilibrado, e desproporção é garantia de incerteza. e incerteza não me agrada. :/

ditados populares errados

03/06/08. meu dia de glória (ou não). cole esse texto no google e see it for yourself (mas acho que é a versão compacta).

Ditados populares não estão sempre certos. Esperanças não são as últimas que morrem; os melhores perfumes não estão sempre nos menores frascos; o final pode ter chegado sem ser feliz; às vezes é tarde demais; às vezes a pressa e a perfeição se juntam; às vezes a água acaba antes de furar a pedra; nem sempre as aparências enganam; às vezes a má companhia ensina o que a solidão não pode; às vezes a sua grama é a mais verde; muuuitas vezes a intenção passa despercebida e o que importa é a ação; muuuitas vezes a palavra valhe prata, ouro e bronze juntos; muita roupa suja se lava na lavanderia; as más notícias podem chegar mais devagar que as boas; tem gente que consegue sorte/azar no jogo e no amor; há cabeças com a mesma sentença; há argumentos contra muitos fatos; o tempo não cura nada; quem tem boca e for mudo não vai à Roma coisa nenhuma; se tu for devagar demais, tu morre antes de ir longe; dois pássaros voando são infinitamente mais bonitos do que um na mão; há amores que superam o primeiro; o coração sente muuuita coisa que os olhos não vêem; o fogo pode ter acabado e a fumaça permanecer; têm últimos que serão sempre os últimos e por aí vai.

saber

22/05/08. eu era um gênio. pensava que nem sócrates sem nem saber quem era ele direito. cheguei aí sozinha com 13 anos, quem sou eu?

Se você não sabe, não se preocupe. Milhões de vezes pior do que não saber é a ilusão de saber. Daí vem o "mais sábio é aquele que não sabe". Antes de saber qualquer coisa, saiba o que você não sabe. Reconheça. Então você poderá até mesmo saber isso. O primeiro passo é sempre saber o que não se sabe. Sempre.

lately

02/05/08. não sei se é interessante ou triste que esse lately jamais tenha acabado.

constantemente esperando por algo que não existe;
constantemente esperando pelo que nem eu sei o que é;
constantemente sentindo falta do que nunca tive;
constantemente na dúvida;
constantemente procurando não sei o que;
constantemente pensando em tudo;
constantemente pensando em nada;
constantemente esquecendo;
constantemente lembrando o que não devia;
constantemente dando importância pro irrelevante;
constantemente constante.

back

28/04/08. que fucking vontade de mudar umas palavras. difícil me manter fiel ao meu eu de 13 anos.

Quem acha que tá na frente só acha porque não vê ninguém que tá atrás com quem possa se comparar. Eu prefiro estar atrás e ver todo mundo. Assim eu posso estar na frente sem niguém saber.

nadas e tudos

19/04/08. hoje discordo de mais de 2/3, mas achei interessante que eu sempre tive o mesmo jeito de organizar as idéias:

Nada é completamente substituível, tudo tem um ou mais lado(s) bom, nada que já passou pode ser apagado, tudo pode acontecer, nada é irrelevante no final, tudo pode ficar ao seu favor, nada é impossível, tudo pode ser motivo pra alguém ser feliz, nada pode fazer tu desestir de alguma coisa que um dia tu quis de verdade, tudo muda, nada se repete igual, tudo tem um significado pra alguém, nada supera um olhar sincero e tudo é totalmente independente ao poder de qualquer ser humano. só não se preocupa demais com tudo isso que se não tu não vive :D

e nada acontece quando se quer que tudo aconteça.

tudo existe

antes, de tudo, não gosto de letras maiúsculas.
fiquei muito tempo pensando em um nome pra esse blog, até porque eu já tenho dois. só queria registrar essa sensação de cumplicidade entre mim e o endereço "tudo existe", uma vez que eu não achava um nome disponível que eu gostasse e ninguém ainda tinha adotado ele. sempre tem um chinelo velho pra um pé torto.
resolvi sair do armário e deixarr mais acessíveis as coisas que eu escrevo, até porque eu tenho um certo pânico de morrer e ninguém nunca ler ou sei lá. jamais deixaria explícito e divulgaria, mas gosto de poder considerar a possibilidade de que algum stalker tá lendo.
cheguei no "tudo existe" porque tudo existe. é só pensar e, pronto, existe. nem que seja dentro de uma cabeça. tudo que se pode imaginar existe. é algo do tipo "o ser é", talvez meio superficial, meio clichê. mas muitas das minhas reflexões acabam aí, e eu creio seriamente que posso direcionar qualquer uma praí, se quiser.