29/09/10.
ontem estava eu cá pensando com meus botões uma coisa muito interessante de se observar. a diferença entre a nossa percepção das cores das coisas quando somos crianças e quando crescemos. em todas as minhas memórias da minha infância, tenho as cores de tudo quase sempre bem determinadas. hoje, não consigo lembrar da cor da roupa de uma amiga que vi há quatro horas. mas lembro do modelo. acho que conforme vamos crescendo, vamos prestando mais atenção na forma e na funcionalidade das coisas. e as nossas memórias ficam em preto(-)e(-)branco, quanto mais recentes. isso me deixa triste, me parece melancólico. cor é calor, e calor é energia. nós perdemos as nossas energias. nós não fazemos mais questão disso. nós não prestamos atenção nas cores. nós vemos como é que as coisas podem nos ser úteis, como é que podemos produzir mais em um menor período de tempo. tentamos sobreviver o tempo todo. ganhar tempo de vida. pra quê? um dia, tudo que teremos serão nossas memórias. e quanto mais coloridas, com mais energia. com mais vigor. com mais alegria. com mais nostalgia, que nunca deixa de ser bom. porque são, definitivamente, nossas memórias e nosso passado a única coisa que temos garantida nessa vida.
eu nem queria que terminasse tão forçadamente "impactante", mas fui escrevendo e o final ficou solto, sem rumo. mas é isso aí.
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